“A Bala na Agulha” estreia no Teatro Tucarena, em São Paulo, com Denise Del Vecchio, Alexandre Slaviero e Eduardo Semerjian

4 10 2013

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Com direção de Otávio Martins, texto de Nanna de Castro fala sobre envelhecer e traz o embate do teatro com a TV como pano de fundo para tratar do assunto

A autora Nanna de Castro conta que escreveu este texto para seus amigos atores, “mas o espetáculo será também para todos que ponderam entre entregar-se ao que amam ou preservarem-se”.

A Bala na Agulha é a história do embate entre um grande ator de teatro que chegou aos 60 anos, doente, sem dinheiro e esquecido e um jovem galã que desponta com enorme sucesso na TV.

Durante uma peça protagonizada pelos dois, o ator mais velho, Chico Valente, aponta uma arma para o jovem ator, Cadu, e o obriga a duelar com ele pela própria vida numa espécie de reality show onde apenas o melhor ator sobreviverá.

Célia de Castro, atriz que está na plateia, antiga amiga de Chico e atual colega de trabalho de Cadu na televisão, sobe ao palco para tentar intermediar o conflito e evitar o pior. Mas o envolvimento afetivo dela, com Chico no passado e no presente com Cadu, torna-se mais um ingrediente explosivo neste duelo entre o velho e o novo, o permanente e o descartável, a entrega por amor e as estratégias em busca do sucesso.

Um drama carregado de humor mordaz e ironia, com uma linguagem enxuta e ágil, que coloca a plateia dentro da trama e a surpreende a cada momento.

Otávio Martins acredita que “A Bala na Agulha é uma peça muito engenhosa que proporciona cenas cômicas e dramáticas de igual intensidade. Uma peça que usa outras peças para falar da vida. Em poucos minutos o espectador entende que está dentro de um teatro vendo uma peça de teatro dentro de outra peça de teatro. Todas as referências teatrais estão explicadas no próprio texto, então o espectador sabe o tempo todo o que está assistindo – pra que possa se divertir e se emocionar com isso.”

Os atores Alexandre Slaviero, Denise Del Vecchio e Eduardo Semerjian são artistas que, paralelamente, conhecem muito bem as realidades do guerreiro ator de teatro, do talentoso galã de TV e da diva que transita pelas duas mídias.

Otávio conta que para montar o espetáculo “queria que fosse um elenco que topasse compor esse espetáculo em parceria, experimentando coisas novas, buscando outras referências”, e afirma que “o resultado foi incrível: a química dos três é uma das coisas que mais salta aos olhos.”

A BALA NA AGULHA
Teatro Tucarena
Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes
(11) 3670-8455 | 4003-1212
Vendas: http://www.ingressorapido.com.br – 4003.1212
Sextas às 21h30 | Sábados às 21h | Domingo às 19h
Valores: Sexta R$ 40 | Sábado e Domingo R$ 50
Duração: 70 minutos
Recomendação: 14 anos
Estreia dia 20 de Setembro
Temporada: até 1º de Dezembro

Ficha Técnica:
Texto: Nanna de Castro
Direção: Otávio Martins
Elenco: Alexandre Slaviero, Denise Del Vecchio e Eduardo Semerjian
Assistente de Direção: Pedro Garrafa e Beto de Faria
Trilha Sonora: Otávio Martins
Figurinos: Marichilene Artiseviskis
Cenário: Cláudio Solferini
Iluminação: Pedro Garrafa
Fotos de divulgação: Dene Santos
Produção Executiva: Marcela Bannitz
Direção de produção: Will Sampaio
Realização & Produção: Applaud Produções Artísticas Ltda.





Peça “Intimidades” estreia dia 28/08 no Teatro Eva Herz, em São Paulo

27 08 2013

Intimidades

A Estonteante e Eterna Peleja entre a Mulher Diáfana e o Homem Indolente

 Terceiro texto de Gustavo Machado estreia no Teatro Eva Herz, em temporada às terças e quartas, com direção de Bruce Gomlevsky

Como disse Bruce na primeira leitura, trabalhar nessa peça é como olhar pelo buraco da fechadura onde podemos ver flashes da vida desse casal, um homem e uma mulher, juntos há nove anos. Momentos diversos pinçados caleidoscópicamente desses nove anos de amor.  Nove anos de troca, renúncia, ciúme, desejo, saudade, disputa, coragem, covardia, camaradagem, culpa, saudade, aconchego, ternura, desassossego, paixão e solidão.

Dois ímãs que se atraem e se repelem ad infinitum. ‘Humor é amor com H’, diz o Homem, ao que a Mulher responde ‘Amor é simplesmente estar por perto’, ao que ele responde perguntando, ‘quão perto’? Ela: ‘perto o suficiente’. Ele: ‘suficiente pra que? E assim vão. Vão?

É o terceiro texto encenado de Gustavo Machado (os outros são DE4 e PAGARÁS COM TUA ALMA). A peça INTIMIDADES surgiu a partir de uma encomenda da atriz Roberta Alonso “que queria uma peça de casal. Eu, que sempre quis escrever o meu eu sei que vou te amar, topei a parada.”, confessa ao autor.

“Claro que escrevi o texto pensando na Roberta como atriz. Bruce convidou o Otto JR para formar o casal com ela, o que achei uma excelente escolha”, afirma Machado que acredita que as pessoas irão facilmente se identificar ora com um ora com outro personagem, pois apesar de não ter se inspirado em nenhum casal real, todos que são ou foram parte dessa ‘coisa-complexa-chamada-casal’ sabem o que é cruzar as fronteiras do outro e pisar seu mais delicado jardim.

Sobre a escolha do diretor, Machado conta que “para esse meu texto que é uma espécie de duelo emocional entre um homem e uma mulher, onde não há trama, é puro strip tease da alma, o que requer entrega e segurança, humor e delírio, eu sabia que precisaria de uma direção de ator de altíssimo nível, alguém que soubesse provocar e amparar os atores nesse mergulho. Além de grande ator, Bruce é diretor sensível, corajoso, comprometido com um teatro vivo, livre e libertador, que não tem medo de poesia, nem preguiça de ser profundo”.

Bruce Gomlevsky, que se diz um romântico incurável, sentiu-se absolutamente instigado e desafiado a dirigir um espetáculo pelo qual teve identificação imediata. “Sempre me pergunto como um amor pode se manifestar travestido de ódio, doença, obsessão, posse, ciúme, desrespeito, individualismo, traição? Como casais que se amam acabam por se tornar estranhos um pro outro? Ou  por outro lado , será que se tudo isso de ruim e doloroso aparece, pode se chamar de amor? Talvez a rotina seja poderosa em aniquilar um amor verdadeiro, mas sigo acreditando na necessidade de cultivá-lo e reinventá-lo a cada dia, pois em “tempos líquidos” como os nossos, nada mais profundo e subversivo do que ficar casado. Não vejo nada melhor do que essa possibilidade por mais difícil que seja”, conclui o diretor.

Essa peça trata da absoluta estranheza de 2 INTIMIDADES que se dispõe a viver juntas. Intimidades que se chocam, que querem se fundir e se harmonizar, mas isso é como harmonizar fogo e palha, vento e pó, terremoto e delicadeza. É o velho desafio de qualquer obra de arte que, para além dos esforços e sacrifícios empreendidos, pode resultar em beleza ou em funda frustração.

Ficha Técnica:

 Texto: Gustavo Machado

Direção: Bruce Gomlevsky

Ass. Direção: Glauce Guimarães

Elenco: Roberta Alonso e Otto Jr.

Cenário: Nello Marrese

Figurinos: Rita Murtinho

Iluminação: Elisa Tandeta

Trilha composta: Marcelo Alonso Neves

Direção de Produção: Cristina Sato

 

GUSTAVO MACHADO

No Teatro atuou em RAZÕES PRA SER BONITA (dir: João Fonseca), O AVARENTO (dir: Felipe Hirsh, com Paulo Autran), A CABRA (dir: Jô Soares, com José Wilker), MENECMA e ESSA NOSSA JUVENTUDE (dir: Laís Bodanzky), EXILADOS (dir: Ruy Guerra), TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA (dir: Cibele Forjaz), A VER ESTRELAS (dir: João Falcão), NAVALHA NA CARNE (dir: Pedro Granato), HAMLET (dir: Francisco Medeiros), entre outros.

Dirigiu DESCONHECIDOS de Fábio Herfort, PORNÔ- FALCATRUA 18.433 de Irvine Welsh;  CLEIDE, ELÓ E AS PERAS de Gero Camilo,  VÊNUS CASTIGADORA DO AMAZONAS de Jorge Mautner,   PAGARÁS COM TUA ALMA e DE QUATRO, ambas de sua autoria.

No Cinema atuou em EU RECEBERIA AS PIORES NOTÍCIAS DOS TEUS LINDOS LÁBIOS de Beto Brant e Renato Ciasca (melhor ator no Festival de Sergipe), OLHO DE BOI (Kikito-2007 e APCA 2008) de Hermano Penna,  DISPAROS de Juliana Reis,

BICHO DE SETE CABEÇAS e AS MELHORES COISAS DO MUNDO de Laís Bodanzky; QUANTO DURA O AMOR?  e  CONTRA TODOS, de Roberto Moreira,  NOME PRÓPRIO de Murilo Salles,  O AMOR SEGUNDO B. SHIANBERG de Beto Brant (melhor ator no Festival de Sta Maria da Feira, Portugal), BRÓDER de Jeferson De,   BRUNA SURFISTINHA de Marcus Baldini  entre outros.

Na TV atualmente grava a novela PECADO MORTAL (Record). Ano que vem estará na série A TEIA (Rede Globo). Participou da novela LADO A LADO (Rede Globo) e das séries FDP (HBO), AMOR EM 4 ATOS (dir: Bruno Barreto/Globo), ENTRE TAPAS E BEIJOS (Rede Globo), FORÇA TAREFA (Rede Globo), OSCAR FREIRE 279 (Multishow), MULHER DE FASES (HBO), ALICE (HBO),  ANTÔNIA (O2/Rede Globo), MOTHERN (GNT) etc

BRUCE GOMLEVSKY

Considerado um dos mais importantes criadores teatrais de sua geração,  ator, produtor e diretor, formado pela Cal (Casa das Artes de Laranjeiras), está no mercado há 20 anos, trabalhando em teatro, cinema e televisão. Em cinema ganhou o prêmio “Candango” de Melhor Ator de Curta-Metragem 35mm no 32 Festival de Cinema de Brasília, com o filme “Cão-Guia” (1999), de Gustavo Acioly, e com o filme “Nada a Declarar” (2004), do mesmo diretor. Ganhou também o Prêmio de Melhor Ator de Curta-Metragem no Festival de Cinema de Vitória e no Festival de Cinema de Curitiba. Em papel de destaque, participou de quatro longas-metragens brasileiros: “Quase Dois Irmãos” (2005), de Lúcia Murat, “Deus É Brasileiro” (2003), de Carlos Diegues, “Apolônio Brasil” (2003), de Hugo Carvana e “Lara” (2002), de Ana Maria Magalhães. No teatro, integrou durante três anos, a Companhia de Ópera Seca, sob a direção de Gerald Thomas, onde realizou sete espetáculos, dentre eles: “Ventriloquist” (1999/2000), “NXW” (2000) e “Deus Ex-Machina” (2001/2002). Atuou também em mais de vinte espetáculos teatrais, tais como “Romeu e Julieta” (1997) nos Jardins do Museu da República (pelo qual foi indicado ao prêmio de Melhor Ator no III Prêmio Cultura Inglesa de Teatro), “Nada de Pânico” (2003), sob a direção de Enrique Diaz, “A Morte do Caixeiro Viajante” (2003), sob a direção de Felipe Hirsh, “Répetition” (2004), de Flávio de Souza com produção de Xuxa Lopes.

Como ator e produtor, Bruce esteve à frente do elenco de “Avalanche” (2003/2004), sob direção de Ivan Sugahara e “A História do Zoológico” (2004/2005), onde participou também da direção ao lado de Daniela Amorim. Dirigiu e protagonizou nos últimos anos os espetáculos “ Línguas Estranhas” , “ Renato Russo” , “ Cyrano de Bergerac” , “ Festa de Família” , “ A Volta ao Lar” e  “ O Homem Travesseiro”,  tendo sido indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator 2007 e 2012 e  ganhador do Prêmio Aptr de Melhor Diretor 2012 .

ROBERTA ALONSO

2007 – Peça – “Alucinose”, com texto e direção de Eduardo Ruiz, ficando oito meses em cartaz no teatro dos Satyros. Protagonizou o videoclipe da banda Código B “Mais uma vez” com direção de Anna Penteado.

2008 – Projeto – “Direções” de Antunes Filho, produzido pela TV Cultura com texto “A Noiva”, de Ivam Cabral e direção de Rodolfo Vasquez. Peça – “A Maçonaria do Silêncio”, texto e direção de Eduardo Ruiz, espetáculo que ficou em cartaz até o inicio de 2009.

2009 – Peça – “A Comédia dos Erros”, de William Shakespeare, com direção de Carlo Milani e Jairo Mattos, ficando em cartaz até o inicio de 2010.

2010 – Curta-metragem – “Amores Paulistanos – segundo ensaio” com direção de Anna Penteado e produção da Chama Sabor.

  

OTTO JR

Otto JR é um ator mineiro radicado no Rio de Janeiro. No teatro seu trabalho mais recente (2013) é “Oréstia”, de Ésquilo com direção de Malu Galli. Já atuou em mais de 20 peças profissionais onde trabalhou com diretores como Paulo de Moraes, Bruce Gomlevsky, Irmãos Guimarães, José Possi Neto, Roberto Alvim, Michel Bercovitch, Eduardo Wotzik, entre outros. Integrou por 10 anos a CiaTeatroAutônomo com direção de Jefferson Miranda, onde além de ator foi criador dos espetáculos junto com os demais integrantes da Cia, incluindo o premiado “Deve Haver Algum Sentido Em Mim Que Basta”, ganhador em 2005 do “Prêmio APCA de melhor espetáculo do ano” em São Paulo.

Em 2012 rodou dois telefilmes da série “Mandrake” para HBO dirigidos por José Henrique Fonseca.

Em 2011 esteve em Cannes e na Première Brasil do Festival do Rio com o longa “O Abismo Prateado” de Karim Aïnouz, pelo qual foi indicado ao Prêmio de “melhor ator coadjuvante” no Festival do Rio e considerado “ator revelação” do Festival pelo Jornal O Globo.

INTIMIDADES

TEATRO EVA HERZ

Livraria Cultura – Conjunto Nacional

Avenida Paulista, 2.073 – Bela Vista

Bilheteria: 3170-4059 / www.teatroevaherz.com.br

Formas de Pagamento: Dinheiro / Cartões de débito – Visa Electron e Redeshop / Cartões de crédito – Amex, Visa, Mastercard, Dinners e Hipecard. Não aceita cheque.

Vendas: www.ingresso.com e 4003-2330

Terças e Quartas às 21h

 

Ingressos: R$ 40

 

Duração: 70 minutos

Classificação: 16 anos

Estreia dia 28 de agosto

 Temporada: até 16 de outubro

Intimidades





Thiago Sogayar Bechara lança seu novo livro de poesias “Literatura de Quintal” no dia 4 de setembro de 2013, na Casa das Rosas, em São Paulo.

22 07 2013
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“Literatura de Quintal” (Editora Patuá, 2013 – Poesia)

 

 

Está agendado para a quarta-feira do dia 4 de setembro de 2013, das 19h às 21h45, o lançamento do mais recente livro do poeta, jornalista, biógrafo e apresentador Thiago Sogayar Bechara, que será na Casa das Rosas (Av. Paulista, 37, São Paulo). “Literatura de Quintal” (Ed. Patuá, 2013 – R$ 30,00) traz o material poético acumulado pelo escritor nos últimos dez anos, desde que lançou seu último trabalho no gênero da poesia pela Ed. Zouk, “Encenações” (2004), com prefácio do jornalista Heródoto Barbeiro. De lá para cá, Thiago lançou 3 biografias, um estudo sobre as pedagogias da arte circense, estreou seu programa de entrevistas Memória Brasil (www.tvgeracaoz.com.br) e está preparando a primeira edição de seu romance, seus contos e mais uma biografia no forno.

Em “Literatura de Quintal”, o autor revisita com o olhar amadurecido as temáticas de sua memória afetiva, ligadas às vivências interioranas que teve no município de Ribeirão Claro-PR, onde ainda hoje tem parte de sua família. As relações oníricas estabelecidas entre a dinâmica da pequena cidade e suas bases econômicas rurais dá ao poeta o material necessário para que se estabeleçam metaforicamente os contrapontos da própria vida. Vida e morte, cidade e campo, aparência e interioridade, espiritualidade e amor carnal, são apenas algumas das maneiras com que a dialética de nossas existências se organizam esteticamente, nos poemas de Bechara.

Contemplando poesias escritas desde 2002 até 2013, a edição desta antologia, assinada por Eduardo Lacerda, da Editora Patuá, inclui a capa da poeta e artista plástica brasileira Leda Senise, residente em Londres, em foto feita na Sicília, sul da Itália. Leda também é a autora do prefácio do livro, em que, numa espécie de justificativa poética para a escolha da imagem, menciona, entre as identificações encontradas entre eles, a “memória de muros que libertam a imaginação e prendem por isso mesmo, porque nos dá dimensões diferentes em sua palidez nua… a memória das sensações despertadas pelo ruído da chuva a escorrer nas calhas dos casarões da infância, o que imediatamente me trouxe a memória cinzenta das tardes de inverno paulistano na casa paterna”.

O trabalho gráfico de “Literatura de Quintal” ficou por conta de Leonardo Mathias, parceiro da Patuá em suas sempre bem sucedidas opções visuais, o que vem contribuindo em grande medida para a identificação visual dos livros lançados pela editora, referência de sensibilidade e sofisticação.

Saiba mais sobre o livro e o autor nos links abaixo:

http://www.editorapatua.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=179

www.thiagobechara.com.br

Literatura de Quintal





Fernanda de Aragão está de Língua Crônica solta!

8 01 2013

Fernanda de Aragão está de Língua Crônica solta!

Título: Língua Crônica
Autora: Fernanda de Aragão
Gênero: Crônica
Editora: Letra Corrida

Fernanda de Aragão nasceu e escreveu. Ponto. Talvez estas palavras fossem suficientes para falar sobre uma pessoa sem rodeios, escritora de palavras na marca do pênalti, como ela mesma se intitula, e com razão. Mas há mais. Há muito mais. Seja no alto de uma roda gigante ou dentro da Academia construída com pilares de gesso, Fernanda traz sempre à baila um baile humano (…). Seus textos têm toda uma ironia, que apesar de bem humorado, rasgam e escancaram a hipocrisia. Palavras de arco e flecha e tiro certeiro. E ela vai conquistando fãs e admiradores cada vez mais. Fernanda de Aragão nasceu sim, mas também fez nascer e fará nascer. Fernanda de Aragão escreveu, e para o nosso prazer (tomara!), Fernanda de Aragão ainda muito escreverá!

Letícia Mendonça (professora e poeta).





AMIGAS, PERO NO MUCHO

1 10 2012

de Célia Regina Forte, direção José Possi Neto

ELAS ESTÃO DE VOLTA! Agora todas às terças feiras no Teatro Shopping Frei Caneca

Após grande sucesso de público em São Paulo de 2007 à 2009 e no Rio de Janeiro em 2008. Amigas, pero no mucho retornou à cidade no Teatro Shopping Frei Caneca às terças feiras.

Elias Andreato, Norival Rizzo, Nilton Bicudo, Alex Gruli dão vida às quatro amigas que já fizeram mais de 80 mil pessoas rirem com as inusitadas situações, criadas pela jornalista Célia Regina Forte, do cotidiano da amizade feminina. A comédia faz sua quarta temporada nos palcos paulistanos.

Com direção de José Possi Neto, composição musical de Miguel Briamonte, Jonatan Harold no piano e narração, Amigas, pero no mucho, faz história no cenário da comédia brasileira através do encontro de quatro amigas em uma tarde de sábado, onde todas – ou quase todas – roupas sujas são lavadas por elas. Com humor cáustico, ironia e irreverência, elas falam sobre suas dissimulações, devaneios e loucuras. Quatro mulheres bem-sucedidas – ou não – comuns e sofisticadas que numa única tarde fazem revelações que as surpreendem e surpreendem o público que tem lotado todos os teatros por onde elas passam. Mulheres que se amam e se odeiam ao mesmo tempo. Amigas… Amigas, pero no mucho, enfim.

O texto, originalmente escrito em 2004 para quatro atrizes, que teve a supervisão de Paulo Autran numa leitura pública, traz nessa versão, quatro atores interpretando as personagens, com um final inusitado.

Norival Rizzo é Debora, 40 anos – Divorciada, sem filhos. Inteligente, perspicaz, irônica, mas tipo dona da verdade. Sempre tem uma consideração a fazer, tentando que sua opinião prevaleça. Idealiza o amor. Come compulsivamente.

Elias Andreato é Fram, 50 anos – Divorciada, dois filhos que moram com o pai. É a mais velha das quatro amigas. Já passou dos 50 anos, mas quer parecer 30. Ninfomaníaca. Fala muito palavrão quando está sozinha, em público jamais. Faz meditação, mas quando está com raiva, tem tiques nervosos.

Nilton Bicudo é Olívia, 40 anos – Casada com filhos. Foi rica, não é mais. Tem que dirigir sua VAN que leva crianças para a escola. Julga-se sempre perseguida. Está sempre perguntando: O que vocês estão falando de mim? Exalta o marido, Alfredo, para as amigas.

Alex Gruli é Sara, 35 anos – Solteira. Executiva. A mais reservada. Parece ser fria, mas esconde grande esperança. Fuma descontroladamente. Não perdoa as amigas, mas pouco se importa com a opinião dos outros. Desconfiada. Odeia as hipocrisias de Fram.

 

 

Teatro Shopping Frei Caneca (600 lugares)

Rua Frei Caneca, 569 – 6º Andar.

Informações: (11) 3472-2229 e 3472-2230

Grupos: (11) 3472-2226

Bilheteria: de terça à quinta, das 13h às 19h; de sexta a domingo, das 13h até o início do espetáculo.

Vendas por telefone: (11) 4003.1212 / www.ingressorapido.com.br

Terças feiras às 21h

R$ 50,00

Duração: 80 minutos.

Recomendação: 14 anos

Temporada: De 07 de agosto a 06 de novembro

Apenas às terças-feiras

Ficha Técnica

AUTORA: Célia Regina Forte

DIREÇÃO GERAL: José Possi Neto

ELENCO:

Elias Andreato

Norival Rizzo

Nilton Bicudo

Alex Gruli

Jonatan Harold ao piano e narração

CENÁRIO: Jean-Pierre Tortil

FIGURINSs: José Possi Neto

SAPATOS: Fernando Pires

ILUMINAÇÃO: Wagner Freire

TRILHA COMPOSTA: Miguel Briamonte

PRODUÇÃO EXECUTIVA: Egberto Simões

ADMINISTRAÇÃO: Magali Lopes

COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO: Selma Morente

REALIZAÇÃO: Morente Forte Produções Teatrais

Patrocinio:

VIVO

Porto Seguro

Paris 6





Ingrid Guimarães e elenco em “Razões para ser bonita” estreia nacionalmente amanhã no Teatro Vivo

20 09 2012

Estreia nacional dia 21 de Setembro no Teatro Vivo

A obsessão da sociedade moderna pela aparência é o tema da peça que encerra uma trilogia do dramaturgo americano Neil LaBute, considerado um dos principais autores do teatro contemporâneo.

Com direção de João Fonseca, diretor premiado e conhecido por fazer montagens criativas com uma dinâmica cênica ousada e altamente expressiva, Razões para ser bonita chega ao Brasil, com patrocínio da Vivo e da Porto Seguro, depois de uma trajetória de sucesso na Broadway, com prêmios e indicações dos principais prêmios teatrais americanos (Tony Award para melhor peça, ator e atriz em 2009). Em Londres também foi um grande sucesso de público e crítica.

Projeto integrante do programa cultural Vivo EnCena, que também envolverá atividades formativas no Teatro Vivo com o elenco, além de temporada do espetáculo no Rio de Janeiro e circulação nacional, com inteligência, a comédia aborda criticamente a importância das “embalagens” no mundo contemporâneo, fala do excesso de julgamentos que fazemos dos indivíduos à nossa volta e demonstra o quanto o padrão de beleza vigente pode conduzir não só o cotidiano como também influenciar decisões importantes nas vidas das pessoas.

O texto narra uma história marcante sobre a relação entre quatro amigos que demonstra quanto o padrão de beleza vigente pode fazer sofrer e provocar angústias.

Steph(Ingrid Guimarães) fica sabendo que seu namorado Greg (Gustavo Machado), comentou com um amigo que acha o rosto dela “apenas comum”. Steph fica transtornada e termina a relação com Greg por não suportar conviver com um homem que não a ache bonita. A partir daí, uma sucessão de discussões e cenas bem humoradas faz com que Greg veja o seu mundo desabar.

Enquanto isso, Leo (Marcelo Faria), o melhor amigo de Greg, se divide entre achar o máximo namorar uma mulher linda, Carla (Aline Fanju), e ter um caso com uma menina mais jovem e ainda mais linda. Carla, que é amiga de Steph, enfrenta as dificuldades de ser uma mulher muito bonita.

Todos na peça, de alguma forma, estão presos ao modelo que valoriza o poder da beleza e da juventude.

A identificação dessa história com o público é imediata, pois retrata a realidade de um mundo onde a aparência física é usada como principal ferramenta para definirmos quem somos e o que pensamos dos outros.

SOBRE O PROGRAMA CULTURAL VIVO ENCENA

O Vivo EnCena é o programa cultural da Vivo para as artes cênicas que estimula a conexão de projetos e promove o intercâmbio de pessoas em diferentes estágios de suas carreiras. O teatro e a dança são pensados além do espetáculo, sendo estabelecida uma rede de ações de difusão, circulação, mobilização e formação por todo país, compartilhando histórias inspiradoras, conceitos inovadores e ideias transformadoras no âmbito das artes cênicas.

O Vivo EnCena, realizado há dois anos, está presente em 18 estados do país e já patrocinou mais de 50 projetos continuados, além de realizar projetos próprios e a curadoria do Teatro Vivo e do Grande Auditório do MASP, na cidade de São Paulo. O programa utiliza o teatro como ferramenta viva de acesso, reflexão, inclusão, autonomia e transformação para trazer resultados positivos sobre a trajetória e sustentabilidade de todos.

Teatro Vivo (290 lugares)

Avenida Chucri Zaidan, 860 – Morumbi

Bilheteria do Teatro: 7420-1520 – www.teatrovivo.com.br

Bilheteria: de terça a quinta, das 14h às 20h. De sexta a domingo, a partir das 14h.

Vendas 4003-1212 – www.ingressorapido.com.br

Sexta às 21h30 | Sábado às 21h | Domingo às 19h

Ingressos: Sexta e Domingo R$ 50. Sábado R$ 70

Duração: 100 minutos

Recomendação: 14 anos

Estreia: 21 de setembro

Curta Temporada: até 21 de outubro

Ficha Técnica:

Texto: Neil LaBute

Direção: João Fonseca

Tradução e Adaptação: Susana Garcia

Elenco: Ingrid Guimarães, Marcelo Faria, Gustavo Machado, e Aline Fanju

Iluminação: Daniela Sanchez

Cenário: Fernando Mello da Costa

Figurinos: Antonio Medeiros

Produção musical: Ricardo Leão

Programação Visual: Rene Machado

Fotos Estúdio: Nana Moraes

Preparação vocal: Rose Goncalves

Designer de lutas: Dani Hu





Peça “Mulheres Alteradas” em temporada popular até 30 de setembro

17 09 2012

Espetáculo em cartaz no Teatro Anhembi Morumbi conta com Tânia Alves, Mel Lisboa, Flávia Monteiro e Daniel Del Sarto. Um dos maiores fenômenos editoriais do mundo, o texto é a adaptação de cinco volumes de “Mulheres Alteradas”, da chargista e cartunista Maitena, e na adaptação para o teatro é o grande fenômeno contemporâneo do teatro nacional, visto desde sua estreia por mais de 160 mil pessoas!

 

Após estrondoso sucesso de público e também de crítica em sua primeira temporada em São Paulo (em Julho de 2010, onde lotou por nove meses o Teatro Procópio Ferreira), repetindo o mesmo êxito na capital carioca, com mais de 160 mil espectadores, o espetáculo “Mulheres Alteradas”, de Maitena, com dramaturgia de Andrea Maltarolli e direção de Eduardo Figueiredo, depois de ter seguido turnê por todo o brasil, chega finalmente à aguardada segunda temporada em São Paulo, desta vez em temporada popular no Teatro Anhembi-Morumbi na Móoca. No elenco, as atrizes Mel Lisboa, Tânia Alves e Flávia Monteiro, atriz que teve destaque no papel da professora Carolina na novela ‘Chiquititas’, entre dezenas de outras novelas na Rede Globo (incluindo a antológica ‘Vale Tudo’), também ‘Pantanal’ na extinta Rede Manchete e ao lado de Luiza Tomé é também um dos destaques da novela, ‘Máscaras’ de Lauro César Muniz, na Record. Flavia Monteiro em ‘Mulheres Alteradas’ fará sua estreia em palcos paulistanos; as três atrizes interpretam três amigas para lá de cativantes e engraçadas. Daniel Del Sarto – ator que está no programa ‘A Turma do Didi’ – completa o elenco, interpretando vários personagens masculinos.

Segundo Maitena: “(…) aquela que até ontem esperava dormindo, compra uma cinta liga; a executiva que administrava uma empresa quer viver em um camping; aquela que cuidava da sogra como sua própria mãe interna as duas em asilo; a magra vira uma vaca de gorda e a gorda perde vinte quilos”.

Porém, na adaptação brasileira, elas ganham nomes e personalidades: Lisa (Flávia Monteiro) é separada do marido, mãe de um único filho, inteligente, com preocupações fúteis, porém, em crise por conta de um nódulo que apareceu em um dos seios; Alice (Mel Lisboa) é uma mulher solteira, vive no “mundo da lua”, mas não desiste de encontrar o seu grande amor; já Norma (Tânia Alves) é uma executiva pragmática, casada, com dois filhos e, agora, se  depara com a terceira gravidez. Daniel Del Sarto incorpora vários personagens masculinos, sem nomes definidos e repletos de personalidades, os quais prometem criar uma identificação imediata com os homens presentes na plateia.  Para enriquecer ainda mais a montagem a direção do espetáculo criou a Banda ALTERADAS, formada especialmente para a montagem, com 3 musicistas (Elaine Giacomelli, Anne Santos e Clara Bass), que  executam toda a trilha e efeitos  do espetáculo ao vivo.

O texto de Andrea Maltarolli – novelista da TV Globo, que faleceu em 2009, após o grande sucesso de sua trama “Beleza Pura”-, com colaboração de Bernardo Jablonski, é uma adaptação inédita dos cinco volumes da série “Mulheres Alteradas”, de autoria da chargista e cartunista argentina Maitena.

O Brasil é o primeiro país a exibir uma adaptação da obra de “Mulheres Alteradas” para o teatro, direitos cedidos à produtora ‘manhas & manias de eventos’, que tem como produtor e sócio, o ator Maurício Machado.

Maitena negou a venda dos direitos de sua obra ao cineasta Pedro Almodóvar. A autora também não concedeu os direitos a produtores de cinema do México e dos EUA. Os palcos da Argentina, Espanha e México também não foram contemplados.  Mas por conta do sucesso do Brasil, a mesma produção brasileira já estuda propostas de implantar o espetáculo em alguns países, e os direitos para o cinema também já foram  negociados com a 02 filmes e co-produção com a manhas & manias de eventos, em breve o público também poderá ver a obra nas telas.

Respeitando as ideias de Maitena na abordagem de temas tão caros ao mundo feminino – como o corpo, moda, homens, amores, família, filhos, trabalho, o passar do tempo e a falta dele – essa versão cênica, 100% aprovada pela autora, é fiel ao retratar o seu talento e o humor ao compartilhar desse fascinante e misterioso universo rosa-choque.

A peça mapeia o discurso sobre a feminilidade presente no mundo contemporâneo dessas mulheres, assoladas por cobranças e demandas desgastantes e, às vezes, quase impossíveis de atender simultaneamente: trabalhar o dia todo, dentro de casa idem (e de forma exemplar!), serem mães maravilhosas, amantes insuperáveis e manter as boas formas física e estética. Isso, sem contar com a necessidade de ostentar uma vida emocional serena, equilibrada, a toda prova.

“Elas representam as figuras femininas, que em geral não possuem nomes, da quadrinista argentina Maitena. Essas personagens espelham características de uma mulher universal, cujos assuntos preferidos são: corpo, moda, homens, amores, família, filhos e trabalho”, resume Eduardo Figueiredo.

FICHA TÉCNICA:

Autora: Maitena

Dramaturgia: Andrea Maltarolli

Colaboração: Bernardo Jablosnki

Direção: Eduardo Figueiredo

Assistência de direção: Maíra Knox

Elenco: Tânia Alves, Mel Lisboa, Flávia Monteiro e Daniel Del Sarto

Participação Especial: Banda Alteradas (Elaine Giacomelli Anne Santos e Clara Bass)

Stand in: Pedro Nercessian e Tânia Paes

Direção Musical: Elaine Giacomelli e Eduardo Contrera

Direção de Arte, Cenário e Figurinos: Maíra Knox

Coreografias: Henrique Rodovallo – Quasar Cia. de dança

Preparação do Elenco: Daniela Biancardi

Criação de Luz: Guilherme Bonfanti

Assessoria de Imprensa: Daniela Cavalcanti (RJ) e Morente Forte (SP)

Estágio de Direção: Eric Mourão

Produção Executiva: Carlos Mendes e Carolina Flor Azcuaga

Assistência de Produção: Claudinei Nakasone

Administração:  Marcelo Vieira

Direção de Produção: Maurício Machado

Realização e produção: Manhas & Manias de Eventos

Teatro Anhembi Morumbi (760 lugares)

http://www.teatroanhembimorumbi.com.br

Rua Dr. Almeida Lima, 1175 – Móoca

Próximo à estação Bresser/Mooca do Metrô

Funcionamento da Bilheteria: De terça a domingo, das 14 às 19 horas.

Em dias de espetáculo a venda na bilheteria pode ser feita até o início da peça ou pela internet

Pagamento em dinheiro cartões de crédito e débito.

Acessibilidade: O Teatro tem acesso para deficientes e lugares e assentos para portadores de necessidades especiais

Informações: (11) 2872-1457 e 2872-1458

Vendas por telefone: (11) 4003-1212 / http://www.ingressorapido.com.br

Grupos: (11) 3885-5056

Sexta-feira 21h30, Sábado 21h e Domingo 20h

Sextas-feiras R$ 40,00; Sábados e Domingos R$ 50,00.

Duração: 85 minutos.

Recomendação: 12 anos

Curta Temporada:

Até 30 de setembro de 2012.





“Pelada”

17 09 2012

Pequeno exercício para oficina de contos

 

Quando Juliana irrompeu do quarto, vestia uma bata branca e saia amarela, como os cabelos. Não tão longa, claro! Pigarreou e seguiu espreitando Felipe, congelado pelo jogo na televisão. A moça tinha trinta anos (chutando alto!), e não esperou muito. Também não disse nada, mas deu uma largada sutil com o corpo, dirigindo-se felinamente para o marido. Este tinha os olhos ligados ao aparelho por uma onda própria. E assim permaneceu, até Juliana virar-se bruscamente em seu desapontamento e entrar novamente no quarto!

De dentro do cômodo, já despida, ouvia o alarido insatisfeito de Felipe, intercalado com menções de alívio repentinas ou baixos calões. Quando voltou à sala, já não trajava nada, senão a cinta-liga negro-rendada e o meia-taça sustentando sua respiração. Diante do marido, estava uma barragem prestes a rebentar! Juliana magra e a excessiva exuberância de seu olhar transpirava em seu desfile solitário. “Felipe”… A mão do rapaz esticou-se espalmada; sinal de que aguardasse. Voltou os olhos para o gramado e se enterrou novamente. Sua alma flutuava pelo ar, como a bola que saltava da televisão. Juliana sustentou-se sobre uma das coxas, suspirou resignada… Entrou!

A porta do quarto se abriu em poucos minutos. Mas Juliana dessa vez estava uniformizada. Da cintura para baixo! Pusera o shorts com que Felipe jogava, mas se esquecera de encobrir os seios, fingindo descaso pelo “à vontade” de se andar em casa. Passou, partida, em frente ao televisor, apanhou uma revista e não teve dele outra reação de espanto, senão esta: desviou-se do corpo da mulher, para melhor flagrar o passe.

A última tentativa não falharia! Saiu toda nua!, de chuteiras e bola de couro sob os braços alvos. Rumou para a porta de saída do apartamento e a destrancou; fez menção de adeus. O time de Felipe estava prestes a sofrer um pênalti. Merda! Agônico, o rapaz tapou o olho esquerdo e contorceu o rosto aflito, virando-se e dando, de súbito, com a mulher. “Mas justo agora vai sair? Faz figa, pelo amor…”. Não podia nem ver a cobrança. Juliana assentiu com a cabeça, bateu a porta com os dedos cruzados e sussurrou rindo de si mesma: “Neste país, nem pelada!”.

 

Thiago Sogayar Bechara

15 de março de 2012.

São Paulo – SP





Lucélia Santos integra o elenco de “A falecida” de Nelson Rodrigues

13 09 2012

O espetáculo faz parte do Projeto SESI – SP  – NELSON RODRIGUES 100 ANOS.

No mês de setembro “A falecida” estará em cartaz no Teatro SESI aos sábados às 20h30 e domingos às 20h.

Temporada até o dia 02 de dezembro.

 

A Falecida

 

Os dois personagens principais formam um núcleo familiar dos mais miseráveis que Nelson retratou. Zulmira, dona de casa suburbana e Tuninho, típico carioca que possui a mais improvável das profissões: desempregado. O casal não têm filhos. Como a peça se chama A Falecida, sabemos que ela vai morrer. Curiosamente, a cartomante não confirma essa certeza. O marido Tuninho possui uma paixão: o Vasco da Gama. Ele é torcedor fanático. O texto fala sobre a semana da decisão de campeonato quando Vasco disputa a final com o Fluminense. A peça é a trajetória deste casal ao encontro dos seus destinos. Eles são engraçados e em alguns momentos o texto se aproxima da comédia. Zulmira é absorvida pela ideia de uma mulher loura que irá destruir sua vida, como afirmou a cartomante. Procura uma funerária e encomenda para si própria o caixão mais caro. Converte-se de forma radical. Tudo isso exaspera o marido, que sequer desconfia do caixão. Um tom melancólico e brejeiro dos subúrbios desenhado nas personagens ganha destaque. A cena da morte de Zulmira é antológica. Nela a peça começa a mostrar um fundo falso. Zulmira faz uma última revelação, ou melhor, seu último pedido. Pede ao marido que vá à funerária encomendar o seu enterro que deseja ser o mais caro.

 

Sobre o projeto Nelson Rodrigues 100 Anos SESI-SP

 

O projeto do SESI-SP em comemoração ao centenário de Nelson Rodrigues inclui espetáculos, leituras dramáticas, exposições, debates e oficinas. Os destaques do projeto, que tem curadoria de Ruy Castro, biógrafo de Nelson, e direção artística de Marco Antônio Braz, especialista na obra rodriguiana, são a abrangência da programação, a participação de personalidades (inclusive de pessoas que conviveram com ele), a abordagem de aspectos menos conhecidos do dramaturgo – como jornalista, escritor, cronista esportivo e folhetinista – e o caráter pedagógico das ações com os mais de 400 alunos de iniciação teatral dos Núcleos de Artes Cênicas do SESI-SP. Até novembro, nomes como Fernanda Montenegro, Cleyde Yáconis, Nathália Timberg, Christiane Torloni, Nelson Rodrigues (filho), Norma Blum, Daniel Filho e Nelson Pereira dos Santos farão parte da homenagem.

 

Com o projeto Nelson Rodrigues 100 Anos, o SESI São Paulo reafirma o seu compromisso com a democratização do acesso à cultura. Há mais de 40 anos, a instituição oferece ao público apresentações gratuitas. Na capital e em todo o Estado de São Paulo, os Centros Culturais, os Centros de Atividades e os 22 teatros da entidade promovem exposições, shows, peças teatrais, filmes e eventos literários. Atuando efetivamente na formação de público para as diferentes linguagens artísticas, o SESI-SP atende cerca de 2 milhões de espectadores anualmente.

 

Elenco:

Lucélia Santos (de 8 de setembro a 2 de dezembro) – Zulmira

Lívia Ziotti – Sobrenatural de Almeida

Lara Córdulla – Madame Crisálida

Gésio Amadeu – Oromar / Segundo cunhado / Doutor Borborema

Rodrigo Fregnan – Tuninho

Luciana Caruso – Primeiro parceiro / Segunda vizinha

Tatiana de Marca – Segundo parceiro / Outro fulano

Claudinei Brandão – Primeiro funcionário

Willians Mezzacapa – Timbira

Rafael Boese – Segundo funcionário / Fulano / Contra regra

Jady Forte – Criança / Primeira vizinha

Léo Stefanini – Pai / Pimentel

Jackie Obrigon – Mãe

Alessandro Hernandez – Chofer / Nelson Rodrigues

Maria Luisa Mendonça  (de 6 de julho a 2 de setembro) –  Zulmira

 

Ficha técnica:

Direção geral e artística – Marco Antônio Braz

Assistente de direção  –  Leo Stefanini

Cenário e adereços – J. C. Serroni

Figurino – Telumi Hellen

Iluminação – Wagner Freire

Trilha – Tunica Teixeira

Imagens e projeção – Andre Hã

Fotos – João Caldas

Produção executiva – Egberto Simões

Direção e coordenação de produção: Selma Morente e Celia Forte

Uma produção de Morente Forte Produções Teatrais





Nilton Bicudo volta com a peça “Coisa de Louco” agora no Teatro Eva Herz.

12 09 2012


Fotos: Lenise Pinheiro.

De Fauzi Arap

Direção Elias Andreato

Reestreia dia 05 de setembro quarta-feira às 21h.

 

Contemporâneo, como a visão crítica de Fauzi Arap, Coisa de Louco é uma peça em formato de palestra improvisada sobre drogas, dada por um contador revoltado num tom tragicômico.

Dirigida por Elias Andreato, Nilton Bicudo interpreta Firmino, um contador profissional cheio de dívidas, separado e com filhos, que é convidado, em cima da hora, a dar uma palestra sobre drogas. Despreparado, ele se vê obrigado a improvisar para cumprir a tarefa. O fato de estar atravessando uma profunda crise pessoal faz com que acabe falando sobre tudo de uma forma anárquica, o que acaba resultando num depoimento extremamente rico.

Ao fim da exposição, Firmino propõe que as pessoas olhem pra dentro e percebam a essência, em vez de viverem “conectadas” o tempo todo. Mas cabe ao público avaliar a força dessa fórmula

Nessa montagem percebemos como dois atores, Bicudo e Andreato, usufruem de uma profunda cumplicidade, originada nos palcos e no reconhecimento da importância da dramaturgia brasileira. Cumplicidade essa que permite ao público desfrutar ao máximo da comédia inédita de Fauzi Arap.

O cenário é composto de um púlpito, uma cadeira e um flip chart, tudo típico de uma palestra num Centro Cultural da vida.

Teatro Eva Herz (168 lugares)

Livraria Cultura – Conjunto Nacional

Avenida Paulista, 2073 – Bela Vista

Informações bilheteria: 3170-4059

Site: http://www.teatroevaherz.com.br

Aceita cartão de débito e crédito. Não aceita cheque.

Vendas pela internet: http://www.ingresso.com

Quartas às 21h

Ingressos: R$ 40

Duração: 55 minutos

Recomendação: 14 anos

Reestreia dia 05 de setembro

Curta Temporada: até 10 de outubro

Ficha Técnica:

Texto: Fauzi Arap

Direção: Elias Andreato

Assistente de direção: André Acioli

Elenco: Nilton Bicudo

Cenários: Elias Andreato

Figurinos: Fábio Namatame

Iluminação: Elias Andreato

Operador de luz: Marcelo Montenegro

Trilha sonora: Aline Meyer

Fotos divulgação: Lenise Pinheiro

Direção de Produção: Marco Griesi, Daniella Griesi, Andresa Lenzi

Projeto Gráfico: Vicka Suarez

Realização: Solo Entretenimento